O impossível não existe!

4 anos atrás

 

O impossível não existe!

Alguma vez na vida, você com certeza, já teve vontade de fazer algo que parecia impossível! Eu já tive vários sonhos impossíveis, como ser  uma Paquita da Xuxa, quem nunca? Rs…
Mas morava no interior, tinha cabelos pretos e não era loira. E também nunca tive molejo pra dança. Isso não tenho e jamais terei!

A gente cresce ouvindo nossos pais dizendo sempre que precisamos ter objetivos na vida. O primeiro, sempre, quase que unânime, é que tem que estudar pra ser alguém. Eu sou filha de professora, então já viu, né? Ouvi isso milhares de vezes! E ainda ouvia mais: “tem que ser exemplo, ser a primeira, sentar na primeira cadeira da fila do meio”.. blá, blá, blá….
Segui à risca isso daí por muitos anos. Mas depois, virei da turma do fundão! Aqueles que ficavam até tarde na TV ou lendo, ou brincando na rua, ou estudando pra prova (isso era raro). Eu gostava de aprender na sala de aula, de debater com professores e colegas. Era polêmica, questionadora, conservadora e conversadeira. Ah, isso não nego! Língua afiada, sempre! Era boa aluna, tinha sonho de ser médica da marinha, depois queria ser cirurgiã, jamais pensei em ser jornalista. Mesmo sabendo que as notas em redação, português e história eram as mais altas da turma. Era teimosa! Sou, aliás.

No entanto, sempre tive sonhos e muitos que ainda não realizei. Desde que inventei que seria corredora, pus na cabeça que tinha que ser magérrima, seca, desnutrida, pra correr melhor. Burrice!

Podia só correr, 5, 10km… Inventei que queria ser maratonista. Foram 7 maratonas até agora. Muitas meias maratonas, incontáveis treinos de 25, 30, 36km. Uma lesão: fratura por estresse no fêmur. Exatamente por não respeitar os limites do descanso e do corpo. Ainda em evolução…-(

Os três meses que fiquei sem correr, me fizeram voltar pra piscina. Precisava da água pra recuperar os músculos. Mas como nadar em plena pandemia?? Dei meus pulos. Ops!

E aí, a chama de ser uma Ironman parecia mais acesa do que nunca. Porém, a cada braçada e pernada que não saía do lugar e morria de cansaço, vinha aquela voz intempestiva: “você não consegue, devia parar por aí… Não sabe nadar, cheia de defeitos de infância, já afogou no mar, lembra?!”…

Me abati. Frustrei. Fiquei apavorada!
E aí esta semana voltei a rodar num volume alto, correr um pouco mais solta, dois longos seguidos…. E a esperança de voltar a correr abaixo de 5′ renasceu. e renasceu o plano de ser uma Ironmam, agora é questão de honra! E por que? Espia só:

Down, down, down….

O domingo foi de aprendizado, a notícia do dia: Chris Nikic, atleta com síndrome de Down, é o primeiro com a doença a completar uma das provas mais duras do mundo esportivo. O mundo parou durante quase 17 horas para ver a performance dele na Flórida.
Sempre ao lado do seu treinador, Dan Grieb, o norte-americano cruzou a meta em 16h46m09, ou seja cerca de 14 minutos a menos do tempo limite da prova.

As suas parciais foram:

Natação (3,86 km): 1h54m39
Ciclismo (180,2 km): 8h12m37
Corrida (Maratona, 42,195 km): 6h18m48

Durante o ciclismo ele ainda sofreu uma queda. Mas não desistiu. Levantou e continuou até o final! Um exemplo pra mim e pra você que até agora não decidiu o que fazer da vida. Ou que tá aí todo frustrado dizendo que não consegue, que dieta não é pra você, que já tentou de tudoooooo…. E nada! Sério? Tente não ser bobo daqui pra frente!

 

Lição de vida! Não desista!

Gente, aprendi uma lição com o exemplo desse rapaz. Mais uma, né? Porque eu decidi ser triatleta depois do filme 100 metros que conta a história de um jovem que foi diagnosticado com ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica – e mesmo com uma doença degenerativa, ele completou, não só uma, mas pelo menos três provas de Ironman, até que o Senhor quis levá-lo.

Que eu e você, a partir desses exemplos, com base nas nossas próprias frustações, possamos achar força para recomeçar, levantar a cabeça, sacudir a poeira, a preguiça e mandar o medo pastar!!

Hoje começa um novo ciclo! Nasce uma nova Virgínia! Acordei do sono profundo….

 

Abraços da Virgínia Nalon